Infertilidade sem causa aparente: o que fazer quando não há respostas?
- fernanda imperial
- Apr 28
- 2 min read
A infertilidade é uma condição que afeta milhões de casais em todo o mundo. Segundo a Febrasgo, ela é considerada presente quando não há gravidez após 12 meses de tentativas com relações sexuais regulares e sem uso de métodos contraceptivos.
Na maioria dos casos, é possível identificar a origem do problema. No entanto, há situações em que, mesmo após uma investigação completa, nenhuma causa é encontrada — e é aí que entra a chamada infertilidade sem causa aparente (ISCA).
O que significa ISCA?
A ISCA é diagnosticada quando todos os exames — tanto da mulher quanto do homem — estão normais, mas a gravidez não acontece. Estima-se que cerca de 10% a 15% dos casos de infertilidade sejam classificados como sem causa aparente. Isso pode ser angustiante, pois a ausência de uma explicação concreta gera insegurança e frustração.
O que pode estar por trás?
Mesmo com exames normais, podem existir fatores mais sutis que ainda não são completamente detectáveis pelos métodos atuais, como:
- Alterações na qualidade dos óvulos ou espermatozoides;
- Disfunções na comunicação entre óvulo, espermatozoide e endométrio;
- Fatores imunológicos;
- Microambientes hormonais desfavoráveis;
- Falhas na implantação embrionária.
O caminho mais indicado é continuar com o acompanhamento médico e considerar tratamentos que otimizem as chances de fecundação e implantação embrionária. Algumas estratégias incluem:
- Estimulação ovariana e coito programado;
- Inseminação intrauterina;
- Fertilização In Vitro (FIV), que permite avaliar a qualidade dos embriões e usar tecnologias como o PGT-A para investigar alterações genéticas.
Mesmo sem um diagnóstico fechado, é possível alcançar a gravidez com planejamento e apoio especializado. A jornada pode ser diferente, mas está longe de ser impossível.
Dra. Fernanda Imperial | CRM 141770-SP
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