Calor, sol e… fertilidade? O que o verão tem a ver com sua saúde reprodutiva?
- fernanda imperial
- Dec 15
- 2 min read
Quando pensamos em fertilidade, quase ninguém imagina que o clima pode ter algum impacto. Mas o verão — com suas temperaturas mais altas, dias longos e maior exposição ao sol — influencia vários aspectos do corpo que, direta ou indiretamente, podem afetar a saúde reprodutiva.
Vamos começar pelo papel da vitamina D, conhecida como “vitamina do sol”. Ela participa de processos ligados à ovulação, regulação hormonal e qualidade endometrial. Níveis adequados dessa vitamina estão associados a melhor resposta ovariana e maior regularidade do ciclo menstrual. Um simples banho de sol diário — com proteção orientada, claro — já ajuda a equilibrar níveis que muitas mulheres têm baixos sem saber.
O calor também mexe com o organismo. Em homens, a temperatura elevada pode reduzir a qualidade dos espermatozoides, já que os testículos funcionam melhor em temperaturas mais baixas do que o corpo. Por isso, longos períodos em ambientes muito quentes, como saunas e banheiras, podem temporariamente diminuir a contagem espermática.
Por outro lado, o verão aumenta a circulação sanguínea periférica e favorece hábitos que impactam positivamente o corpo: mais movimento, alimentação mais leve e maior hidratação — fatores que beneficiam diretamente o microambiente reprodutivo.
Mas nem tudo são flores de praia: o calor excessivo pode aumentar a inflamação sistêmica, piorar sintomas de SOP, favorecer infecções vaginais e diminuir a libido em algumas mulheres devido ao cansaço térmico.
A chave é equilíbrio. Entender como seu corpo reage ao clima te ajuda a ajustar pequenas atitudes que reforçam sua fertilidade — seja natural, seja em um tratamento de reprodução assistida.
O verão não é o vilão nem o herói da fertilidade, mas ele conversa com o seu corpo. E quando você entende essa conversa, tudo fica mais claro.
Dra. Fernanda Imperial | CRM 141770-SP







Comments